sábado, 21 de maio de 2011

Bonequinha de Luxo


Audrey Kathleen Ruston nascida na Bélgica, era a única filha de Joseph Anthony Ruston (um banqueiro britânico-irlandês) e Ella van Heemstra (uma baronesa neerlandesa descendente de reis ingleses e franceses). Seu pai anexou o sobrenome Hepburn, e Audrey se tornou Audrey Hepburn-Ruston. Tinha dois meio-irmãos, Alexander e Ian Quarles van Ufford, do primeiro casamento da sua mãe com um nobre neerlandês. Audrey foi considerada, a príncípio, uma garota "alta, ossuda, de pés excessivamente grandes para se tornar uma estrela". Mas Audrey, mesmo vivendo na época em que as baixinhas, de curvas generosas, pés miúdos e olhos claros imperavam, soube usar os seus "defeitos" como seus dons e conquistar o mundo com seu lindo rosto, sua elegância e seus profundos olhos castanhos. Segundo o estilista Givenchy, que era incumbido de vesti-la, Audrey era um ideal de elegância e uma inspiração para o trabalho dele. Audrey sempre será lembrada pelos filmes My Fair Lady (1963 - Minha Bela Dama) e Breakfast at Tiffany's (1961 - Bonequinha de luxo no Brasil, Boneca de luxo em Portugal) como "Holly Golightly", uma prostituta de luxo que sonhava em se casar com um milionário, papel totalmente oposto ao pelo qual ela foi premiada com o Oscar de 1954, em que vivia "Ann", uma princesa que fugindo de seus deveres reais, se apaixona por um jornalista interpretado por Gregory Peck, em A princesa e o plebeu (Roman Holiday, 1953). O ator Gregory Peck, par romântico de Audrey no filme A Princesa e o Plebeu (Roman Holiday, 1953), foi quem a apresentou ao ator Mel Ferrer, que, depois de participar de uma peça com Hepburn, pediu-a em casamento. A atriz contracenou no filme Guerra e Paz (War and Peace, 1956). Os dois fizeram um casal, em que Audrey interpretava uma aristrocrata russa, que se apaixona pelo princípe da Rússia André (Ferrer).  Hepburn casou-se duas vezes, primeiro com o ator americano Mel Ferrer, e depois com o psicólogo italiano Andrea Dotti. Ela teve um filho com cada um – Sean em 1960 por Ferrer, e Luca em 1970 por Dotti. O padrinho de seu filho mais velho é o autor britânico A.J. Cronin, quem residiu perto de Hepburn na Lucerna. Em 1967 declarou que iria abandonar o cinema, porém voltou a atuar 9 anos depois. Ao final de sua vida, nomeada embaixadora da UNICEF, trabalhou incansavelmente como voluntária para causas infantis. Hepburn falava francês, italiano, inglês, neerlandês e espanhol. Havia dúvidas se ela falava espanhol ou não, mas recém descobertas imagens da UNICEF mostram-na falando a língua fluentemente no México. No filme Bonequinha de Luxo, ela é mostrada tentando aprender português, e reclama do grande número de verbos irregulares. Ela diz: "A very complicated language, four thousand of irregular verbs", depois disso, tenta dizer "Eu acho que você está gostando do açougueiro". De acordo com seu filho Sean, os filmes favoritos dos quais estrelou foram Uma cruz à beira do abismoCinderela em Paris (por ter se divertido muito nas filmagens deste). No entanto, ela havia declarado numa entrevista à Barbara Walters que A princesa e o plebeu era o filme mais querido dela. (por sua mensagem social) e Além de um rosto bonito, Audrey era uma mulher humilde, gentil e charmosa, que preferia cuidar dos outros a seu redor do que de si mesma. É considerada a eterna "bonequinha de luxo". Faleceu aos 63 anos, de câncer de cólon. É, parece mesmo que Audrey Hepburn não morreu naquele lúgubre 20 de janeiro de 1993. A atriz belga é o tipo de personalidade que marca a História por vários ângulos, assim como aconteceu com Lady Di, Marilyn Monroe e Eva Perón (com o perdão do emparelhamento de figuras tão distintas entre si, mas tão importantes para o mundo). De uma forma ou de outra, ela sempre é lembrada, tanto como ícone fashion ou atriz de raro talento

sábado, 2 de abril de 2011

Produto do Meio



O Ser Humano é um produto do meio em que ele vive? Esta frase ficou martelando em minha cabeça. Como estudante de Contabilidade, acostumada a coisas práticas, porém uma eterna questionadora ,cheguei a uma conclusão. Desde que me entendo por gente me sinto diferente dos meus familiares, primeiro me vi totalmente diferente da minha irmã desde a nossa infância, tanto fisicamente como nos nossos pensamentos e idéias. Nasceu meu irmão vi nele meu rosto, meus gostos, minhas manias,fraquezas e dores. Os anos se passaram e aquela afinidade foi se limitando á aparência física, gostos irrelevantes e algumas doenças e alergias em comum. Então me analisei e me perguntei será que estou na família certa? Vi na minha mãe a mulher exemplar como dona do lar, mãe zelosa, às vezes incompreensível e quase sempre autoritária. Mas um exemplo de pessoa, caráter, esposa, mulher, ser humano e posso assim dizer também de mãe. Sempre tive afinidade e carinho com meu avós, principalmente os paternos os quais foram responsáveis por boa parte de minha criação, construí meu caráter me baseando por atitudes deles, sempre devotados a mim, com um carinho e amor infinito por sua neta preferida: EU. Passaria dias escrevendo sobre eles e sobre o amor que tenho por eles, guardado em meu peito. Mas ainda falta aquela pessoa em que marca sua vida, que você olha e diz: “É igual a mim”. Meu pai é um ótimo pai, já não posso dizer o mesmo como esposo, passei minha infância toda e parte da adolescência vendo o drama de minha mãe quando ele sumia e ia para as “farras”. Ele nunca foi agressivo, violento, ou coisa parecida, ele só prejudicava a si mesmo, bem era o que ele pensava. Mas ele comovia uma família inteira, ele me marcou muito, até hoje me vem na memória todas as vezes que ele chegava em casa bêbado.
Eu como filha mais velha entendia o que estava acontecendo e era a única companhia de minha mãe naquele momento de aflição. Eu tinha medo do meu pai morrer pelo mundo e nunca mais o vê. Eu temia perder meu pai, no começo eu não entendia que era isso o que eu sentia, por muito tempo senti ódio dele, por me fazer sofrer, fazer meus irmãos sofrerem e principalmente fazer minha mãe sofrer. Quando me perguntavam: Você gosta mais de quem, sua mãe ou seu pai? Eu respondia sem esitar : Mainha. Não era justo pra mim ver minha mãe uma esposa, mãe e dona de casa dedicada, enquanto meu pai estava na farra, talvez até com outras mulheres. Mas apesar de tudo sempre o respeitei, temi e lá no fundo o amei. Os anos passaram meu pai mudou e hoje eu me vejo inteiramente nele. Olho pra ele e vejo atitudes minhas, gostos musicais, maneira de pensar na vida, compressão. Mas os traumas ainda carrego comigo, me revolto às vezes e lembro daquele tempo que sofria calada, com medo, medo do mundo, medo de perder meu pai. Faço hoje coisas que condenava no meu pai, só por afronta: Se ele podia eu posso. Sei que estou errada, que agora talvez quem esteja fazendo os outros sofrerem seja eu, não tenho pena de ninguém, me tornei uma pessoa amarga e como minha mãe diz: “Geíse é fria, seca, às vezes parece que não tem coração”. Acho que deixei meu coração lá no passado, no tempo que brincava de boneca , de bola que saia de casa pra correr na rua  e cair no chão, afinal joelhos machucados curam mais rápido que corações feridos. Mas hoje paro e penso: Eu me tornei como meu PAI, então realmente O Homem é um produto do meio em que ele vive.

Geíse Alves

Vintage

Moda vintage é uma moda retrógrada, uma recuperação de estilos dos anos 1920,1930,1940,1950 e 1960. Roupas com tecidos propositalmente "desgastados" também são chamados vintage, justamente por terem uma aparência de usado, antigo, de outra época.” é um termo usado que ele agrega numa identidade única ao visual de quem opta por este estilo. Óculos grandes, preto e branco, sapatos e bolsas divertidas, sapatos de verniz, pérolas, enfeites de cabelo, lacinhos, vestidos de corte reto, vestidos rodados com armações, tule, renda e muito mais. As pessoa estão curtindo essa moda e pensando nisso uma agência  brasileira produziu anúncios de alguns dos maiores sites da internet da atualidades no estilo anos 60. A melhor parte é que os anúncios têm ilustrações interessantes mostrando estranhos e fashions computadores, acessórios e até mesmo iPhones. Eu achei muito interesante e criativo as ilustrações.





quinta-feira, 31 de março de 2011

Direitos Humanos



Direitos do homem - Pintura mural em Saint-Josse-ten-Noode ( Bélgica). Resume os artigos 18 e 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.











"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade." Artigo 1º

quarta-feira, 30 de março de 2011

Ausência


Minha angústia é que jamais vou te conhecer. Eu que, como todos, fracassei. Mas o que eu tinha para te oferecer não era esse fracasso. Era a urgência na espera, o domingo vazio que não sei ocupar. Minha companhia são os livros e os discos. E agora, que você pode ler o que te dou de presente como uma pétala. Mesmo assim, te escrevo uma carta, que é aventura numa garrafa ao mar. Nada, nem o mar nem Chopin na manhã escura de um sábado de inverno, nem um jazz ao vivo ou o beijo de alguém que me arrebata, nada me assegura o mesmo espanto trêmulo que seria te encontrar na tessitura de um dia sem pressa. O fato de essa possibilidade estar extinta me esbofeteia como o vento escancarando as janelas em meio à tempestade. Não há coisa mais estranhamente triste que algo inexorável. A pulsão de escrever vem abafar esse escândalo que me entontece o corpo, a ausência tua que não pára de crescer e se arvorar no inferno. Tempo é a merda do mundo. Ele mói o encontro possível. Meu consolo é nulo. Mas como não tenho para quem escrever, escrevo para você. E escrevo porque, se estas cartas pararem nas mãos de alguém, e esse alguém acordar para a verdade jogada na cara, veludo e farpa, como te ofereço a face ao teu gesto sem luvas, e esse alguém gritar no meio da noite porque a palavra desloca as paredes e demole muros, então estarei salvo, próximo, não de tocar você, mas sentir o perfume de um corpo com sede, diante do mar inalcançável. Então, eu brindarei contigo. 

Geíse Alves

Que Mistério tem Clarice?




É apenas um ser humano.Humano do inumano? Não... Ela permanece humana. Ela é apenas uma moça, vestida, bonita, faceira. É também uma mulher de duas faces, duas expressões confinas do olhar. Oras tem gosto de mel, oras gosto de fel. Tem dias que amanhece uma menina inocente, meiga e doce, querendo colo, dengo e aconchego. Mas há dias de consternações sobre efeitos de uma mulher hodierna, fria e rigorosa consigo mesmo. É aquela mulher que também é sensual, que atrai o abstruso, que é a própria do confuso. Menina e mulher, uma criança vestida de senhora, um sorriso ingênuo numa boca provocante. É o humano do mistério e mudanças inconstantes, não sendo muito diferente das personagens dos romances contemporâneos. É uma atriz de novela, que sabe disfarçar dores e exalar alegrias, sabe ser, ter, equilibrar-se como uma dama elegante a beira do abismo- aquela que cai, mas cai com estilo. Ela não é especial por ser uma boa pessoa, na verdade raramente consegue fazer boas ações, entretanto ela é diferente por ser radiante em mistérios; por ter uma essência cheia de paradigmas; por se desfazer do mundo ao mesmo tempo em que o vive caracterizando-se na forma enigmática de seu próprio crer. Tudo em seu ser jorra segredos de uma confissão íntima entre o ela e o ego em que por traz dos vestidos, da maquiagem, dos acessórios e de toda vaidade de mulher, ela é apenas outra, guardando tantos mistérios em um único desejo: ser feliz.

Geíse Alves